A Arte
africana
O intuito desse texto é sinalizar a forma como a
arte africana se manifesta através de suas representações dos usos e costumes das
tribos africanas, mostrando desta forma, a sensibilidade delas. Tanto nas
pinturas quanto nas esculturas, a presença da figura humana simboliza o cuidado
com os valores morais, religiosos e étnicos.
A África é, sem dúvida, um continente que agrega
uma variedade enorme de culturas, cada qual com suas crenças, linguagens,
tradições e formas artísticas. Deve-se levar em cosideração o fato de que o
Deserto do Saara funcionou e funciona até hoje como uma bloqueio natural entre
o norte da África e o resto do continente. Todavia, isso nunca impossibilitou
as trocas culturais existentes entre essas duas zonas, tendo em vista que as
rotas de comércio, existentes desde a Antiguidade – que atravessavam a África –
atuavam como facilitadoras desse
intercâmbio cultural. As ricas histórias, crenças e mitos dos habitantes desse
continente são refletidas da maneira mais similar possível em suas
manifestações artísticas.
As civilizações africanas possuem uma concepção
simbólica sobre a vida. Cada indivíduo é parte de um todo, que são ligados em
função do cosmos em uma procura eterna pelo equilíbrio e pela harmonia.
Ademais, essas civilizações sinalizam a importância do coletivo para a
manutenção da comunidade, onde cada pessoa deve participar de acordo com o
papel ao qual pertence em nível espiritual e terreno. Suas artes representam,
muitas vezes a riqueza natural circundante, e por isso, são interpretações
abstratas de animais, desenhos naturais e formas, ou vida vegetal. Com isso,
essas artes têm o intuito de representar cenas das tradições e personagens do
cotidiano de cada uma dessas civilizações.
A partir do que foi dito anteriormente, destaca-se
as quatro principais formas artísticas africana. A primeira, a pintura, é
utilizada, principalmente, na decoração das paredes dos palácios reais, das
choupas sagradas, etc. São muitos os fatores que influenciam uma pintura
africana, podendo se divergir desde formas essencialmente geométricas à uma
reprodução de cena de caça e guerra, também sendo utilizadas para o retoque das
máscaras e para os ornamentos corporais.
As máscaras são características marcantes da arte
africana. Representam a junção de elementos simbólicos diversos que se transfiguram
em manifestações da vontade criadora do africano. Elas, por costituírem um
artefato simbólico para esses povos, se tornaram os objetos que mais
deslumbraram os europeus. Deste modo, muitas foram expostas em museus por toda
a Europa, sendo essas exposições fruto de saqueamentos desse patrimônio, tão
valioso para seus povos, porém, sendo apenas objetos de decoração para o Velho
Mundo – como a Europa era conhecida - e que acabaram deixando todo o
significado dessas máscaras de lado. O
objetivo da máscara é a conservação da individualidade da pessoa que a utiliza.
A partir do momento em que o bailarino a coloca, ele se transmuta, a máscara
passa a incorporá-lo, tornando-se um suporte vivo e permitindo, desta maneira,
que ele encarne outro ser, no momento em que o ritual é realizado. Uma máscara
é um ser que cuida de quem a carrega.
Seu intuito é atrair a força vital que escapa de um animal ou ser humano, a
partir de sua morte, sendo essa energia controlada e subsequentemente
redistribuída em prol do coletivo. Elas possuem um significado místico e
deveras importante na arte africana, sendo empregadas em funerais e rituais,
além de representarem um artifício para a incorporação dos espíritos e a
viabilidade de adquirir forças mágicas. As máscaras são produzidas em marfim,
barro, metais e madeira, sendo esta última a mais utilizada.
Por fim, a dança africana possui como
característica essencial o policentrismo, sinalizando a existência tanto na
música quanto no corpo, de variados centro energéticos, assim como ocorre no
cosmos. Na dança, cada parte do corpo do indivíduo se move em um ritmo
diferente. Os pés acompanham a base musical, seguidos pelos braços que nivelam
o balanço dos pés. Ademais, a recorrência do padrão-musical exprimi a energia
que os fieis estão invocando. Essa repetição do padrão-musical juntamente com os
movimentos gera um efeito de transe que conduz ao encontro com a divindade,
usado bastante em giras ou toques. Esse ato é particado exacerbadas vezes,
proporcionando à ação um caráter atemporal, contínuo. Nessas danças, o contato
ininterrupto dos pés com o chão é substancial para absorver as energias que se espalham
do local onde a dança é realizada.
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A africa e arte: fazem parte
Reviewed by Vinicius Gallier
on
janeiro 27, 2017
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